Jogar tênis é crescer a cada partida, aprimorar cada golpe. Desenvolver gradualmente as técnicas para superar o estágio anterior. É verdadeiramente galgar degraus para estabelecer-se em um patamar acima. Não é tarefa das mais fáceis, mas dá um prazer danado quando a evolução se revela num winner poderoso, num saque mais eficiente, numa constância maior nas trocas de bolas de fundo de quadra.
Acredito ser a irresignação um fator determinante para esta evolução. Sem ela o praticante se acomoda no patamar em que está e, portanto, não ascende, apenas pratica o esporte sem ambições, sem expectativas. Não quero dizer com isso que aqueles que o fazem estejam escolhendo a alternativa incorreta, longe disso. Ressalto, todavia, que se furtam à satisfação de verem seus jogos evoluírem, abstém-se da principal ferramenta que os levou a transporem seus obstáculos desde o nascimento até aqui; que é a capacidade de ambicionar, crescer, evoluir. Várias modalidades esportivas nos ensinam isso, em especial o tênis. É um esporte feroz! Assim como a vida, não perdoa! Diante deste fato fica evidente qual dos adversários sucumbirá durante uma partida onde estejam jogando, de um lado o praticante que procura evoluir sempre e do outro aquele que se conforma com a condição que já adquiriu. Não por acaso a evolução frequentemente se impõe diante da estagnação. Evidentemente que, em raríssimas ocasiões, o contrário se apresenta e essa lógica se inverte. Mas é exceção.
Não pretendo com esta tese causar controvérsias sobre qual é a melhor ou pior conduta a ser adotada; cada um sabe de si e faz suas escolhas segundo suas convicções, modo de vida, limitações de diversas ordens, etc. O que quero é exaltar que o ser humano filosoficamente evolui sempre ao longo de sua trajetória e que tal condição o fez ultrapassar diversos obstáculos durante este tortuoso percurso. Quero, sobretudo, chamar a atenção para a aplicabilidade prática desta premissa no jogo de tênis. Nele podemos exercitar e provar a cada dia o sabor do crescimento que se traduz em ultrapassar seus limites e simplesmente vencer quem você não vencia. Volto a repetir: isso dá um prazer danado!!!
Como já evidenciei na primeira Koluna do Kaixote, o tênis é um jogo cruel. O seu objetivo ao final da partida é o de apresentar um vencedor e um derrotado. Apenas um jogador pode se sagrar vencedor e, consequentemente ao outro cabe o amargo sabor da derrota; esta se revela especialmente no erro: o adversário sucumbe através da sua incapacidade de devolver a bola ou à sua capacidade de cometer erros, forçados ou não. Joga-se tênis para forçar o outro a errar. O prazer do tênis se encontra, paradoxalmente, justamente no momento em que o ponto em disputa não pode mais continuar, porque o adversário foi colocado fora de combate. O rally termina invariavelmente com a alegria de um e a tristeza do outro. Avanço para um e estagnação para o outro. Assim é o tênis, uma vez jogado não se admite empate!!!
Até a próxima, galera!!!
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